Movidos

"Somente quando encontramos o amor,
é que descobrimos o que nos faltava na vida"

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Alimento para minha alma...

Quer saber o que eu penso? Você aguentaria conhecer minha verdade? Pois tome. Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir… Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome" 


Clarice Lispector

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

...as palavras esperando tradução...

As pessoas não gostam de você pelo o que você é, elas gostam pelo o que você pode oferecer a elas. Costumam chamar de “desilusão” quando descobrem que o que queriam você não pode dar e te descartam como objetos. Então, pergunto a mim mesma: o que move o mundo, o desejo de parecer ou o desejo de ter? Indago-me algumas vezes, percebo que sou incapaz de compreender. Ao menos sei que o que move o meu mundo é o desejo de ser  C.F.A

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Doce Novembro

...chegou novembro e junto tantos sentimentos...



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A minha alucinação é suportar o dia-a-dia...






E meu delírio é a experiência com coisas reais... amar e mudar as coisas me interessam mais!!!


Dia cheio, correria... mas entre um compromisso e outro, sempre rola uma paradinha, ainda mais quando pessoas como o Sr. Darci cruzam meu caminho, homem guerreiro, militante, cheio de esperança, gente de alma pura entende...que segue acreditando!!!
E sabe são essas coisas do cotidiano que me fazem seguir...é sempre bom escutar o que o Sr. Darci tem a me contar, relatava que tinha ido conversar com um juiz (gente estudada - diz ele), mas que infelizmente só viveu entre quatro paredes...não entedia nada do que eu falava...ai sabe o que eu fiz? peguei minhas coisas e fui embora, não ia ficar conversando com alguém que não sabe nada sobre a minha realidade, do lugar que vivo...outro dia fui convidado para dar uma palestra sobre movimentos sociais para uns estudantes da UFRGS, e falei: não adianta vocês ficarem anos ai estudando, se não dão importância para o sentimento das pessoas, não sabem como elas vivem, pensam e sentem o dia-a-dia, vocês precisam conhecer a realidade...sabe tem pessoas que nos enxergam como os "invisíveis"...

É nesses momentos, que reflito...mesmo diante de tanta dureza (leia-se aqui fome, desespero, exclusão, violência...)  nunca me questionei se deveria estar trabalhando em outro lugar ou sonhando com outras coisas...por que enquanto algumas pessoas olham para o meu trabalho e expressam "que lindo o que você faz", como se não passas-se de benemerência...eu reafirmo meu compromisso com uma nova ordem societária, sem dominação- exploração de classe, etnia e gênero... Seguindo na defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo...

Este é meu compromisso e projeto ético político, quando literalmente eu gritei: assim eu prometo... é por que justamente "assim" que acredito que será possível pensarmos em justiça social...emponderando as pessoas, como já dizia Pedro Demo "pior do que ser ajudado, é ser pensado por alguém...que bom que existem pessoas que seguem acreditando e sendo protagonistas da sua própria história como o Sr. Darci...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Da maestria a inabilidade

...Passei o dia pensando nisso: da maestria a inabilidade...
Tenho (pelo menos assim penso) maestria com muitas coisas, quando penso no meu ofício, por exemplo...quem me conhece, sabe que amo incondicionalmente a minha profissão, as pessoas que permeiam o cotidiano que trabalho, independentemente do lugar que eu esteja trabalhando...estimo a gurizada, a comunidade, a simplicidade, a miudeza, os animais...admiro e respeito as estratégias de sobrevivência, as histórias de vida...tenho tanta maestria com esse cotidiano!!!
Por outro lado, tenho inúmeras inabilidades, que são um tanto contraditórias, quanto penso na minha maestria...Como alguém que trabalha com famílias, grupos, comunidades...não consegue manter um contato com a sua própria família...Como alguém que ama tanto os animais, não conseguiu cuidar do seu próprio, quando este também sofria...Como alguém que ama a simplicidade, a miudeza, as vezes perde-se e não consegue viver isso no seu próprio cotidiano...Como alguém que admira e aprende com as estratégias de sobrevivência das pessoas, não consegue criar, por vezes, suas próprias estratégias...Escuto tanto, e com muita paciência o que me dizem...mas não tenho "maestria" para ser e fazer-se ouvido...
Ultimamente a minha inabilidade tem tido muita força sob as coisas que sinto e penso...temo muito, me perder nesse sentimento...e que isso afete não somente a mim, mas as pessoas que tenho um apreço imenso...


 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nunca pare de sonhar!!!

"futricando" na internet...encontro uma pérola - um videozinho lindo com a música "Nunca pare de sonhar" - Gonzaguinha...e de imediato me vem a imagem da gurizada (Novo Horizonte) com o "sor" William (queridíssimo - gente rara) cantando essa belíssima música, segue a letra e o vídeo para continuarmos acreditando sempre:


Ontem um menino que brincava me falou
Hoje é a semente do amanhã
Para não ter medo que este tempo vai passar
Não se desespere, nem pare de sonhar
Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olharFé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será



sábado, 9 de julho de 2011

Fragmentos do cotidiano...

...dia desses ao acordar, fumando um cigarro próximo a janela...contemplava a árvore (que -infelizmente - não sei a espécie)...e por trás dela...uma imagem começou a me intrigar...e como estou de férias (entende-se com "tempo ilimitado" para deixar a imaginação fluir)...pus-me a pensar, quase que invadindo a "vida alheia", mas, me permiti...

*logo que viemos morar neste lugar, tomamos conhecimento (digo tomamos, pois de fato não conheço a história...) da vizinha que tem o esposo doente, não sei qual a doença, mas constatei que ele não sai de casa, apenas esporadicamente para ir ao médico...

...bom, é neste cenário, sem muitos conhecimentos, que a minha "contemplação" da árvore foi parar na janela dessa família...e fiquei pensando...neles, nela (a esposa - já uma senhora) que diariamente sai de casa para suprir os afazeres doméstico, e permito registrar aqui (que espionando aquela janela) dá para observa-la preparando cuidadosamente as refeições e servindo para ele...e ele, tudo que têm é ela e as imagens que visualiza da janela...

...e me coloco a pensar (prefiro pensar assim) que o amor entre eles é uma boniteza...por  que se não for poesia, a dureza invadiria e descreveria essas cenas de outra maneira....compreende?


...“E agora estou pensando que o bom, quando a gente conta uma história, é poder chamar as coisas como a gente quer chamar, não como todo mundo chama.”
(...) a gente enfeita o cotidiano (...) Caio Fernando Abreu



domingo, 6 de março de 2011

Tudo o que eu quero é VIVER...
















Viver ao teu lado, meu amor!
-Como é lindo o mundo que está me mostrando, 
não que o mundo esteja lindo, digo
O "nosso" mundo diria - aquele que imaginamos;

E “Eles” imaginaram
um mundo no qual as pessoas
pudessem cantar nas ruas,
livre da humilhação,
fome e medo...

Me dá força, a tua
teus olhos, teu vigor, tua pressa...
Iremos sim - construir um mundo novo, um mundo melhor
com os nossos sonhos
Eu e você

antes sonhávamos sozinhos
E HOJE COMPARTILHAMOS

Hasta la victoria simpre

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

...separa as cortinas lilás e as flores na mesa, o resto é bobagem...não é honey???



Fico tão cansada às vezes, e digo para mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. (…) então eu não sentia nada, podia fazer as coisas mais audaciosas sem sentir nada, bastava estar atenta como estes gerânios, você acha que um gerânio sente alguma coisa? quero dizer, um gerânio está sempre tão ocupado em ser um gerânio e deve ter tanta certeza de ser um gerânio que não lhe sobra tempo para nenhuma outra dúvida…


Caio Fernando Abreu


Lembrei da "filosofia matinal, vespertina, permante..." das nossas conversas...e senti sua falta hoje honey...perdidíssima...precisando do chá "pessoal"...de dias lindos!!!!

Sempre repito (ou pelo menos faço o exercício mental) de não ser tão sentimental..."amiga você gosta até das formigas" ( acho que se aplica bem né...)...e lembro dos quatro filhotinhos da Srª Passarinha...vontade de estar naquela caixinha...para que tu me cuidasse ohhhhhhhhhhhhhhh

(...)

Cada um com as suas ditas prioridades e coisas lindas...enquanto isso subo o morro e vejo que há vida, que eles lembram o meu nome...e a Cleusa reforçou que ser sentimental ainda é o melhor...pois o Bob levou uma pedrada e mesmo assim sai para procurar comida...ficaria vendo o pôr do sol com aquele sujeito...

domingo, 12 de dezembro de 2010

...minha alma tem pressa...

Domingo, 12 de dezembro...


Quantos domingos não acordava para ouvir o canto dos pássaros e o silêncio daqueles que descansam...


...acordei por "imensa" necessidade...prazos a serem cumpridos!!!


Mas em meio a esse "espaço" lembrei do que a Ir. "!" me contou sobre suas aulas com o queridíssimo Rubem Alves: " um dia nos levou em um boteco para bebermos cachaça, nenhuma de suas aulas foi ministrada em sala, ele sempre nos dizia  - vocês precisam circular, não acredito em ensino que o aluno fique sentado atrás de uma classe, precisamos ensinar as pessoas a CIRCULAREM...por isso suas aulas eram sempre em lugares como bares, parques, embaixo das árvores....


Quando ouvi ela contado...me emocionei!!!


Por isso aqui deixo um escrito dele, que vai ao encontro das coisas que sinto...


“ Sem tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em lugares onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte... Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.”

domingo, 5 de dezembro de 2010

Eu finjo ter paciência...

Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
Ou metade desse intervalo, porque também há vida...
Sou isso, enfim...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.

Fernando Pessoa

...após uma "crise", penso que minha alma é que estava doente e precisando ser medicada...mas a vida urge e as vezes não dá tempo, ou não nós damo tempo para "parar tudo um pouco"...mas ao som de "Paciência"...concordo com Lenine: "Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma..A vida não para...EU SEI!!

Disse: tem dias que sinto MAIS falta da minha mãe...da pessoa mãe que agrega: proteção, incondicionalidade, carinho, compreensão, silêncio, pano quente, velando o sono...como se mais nada existisse...e sinto vontade de ir para lugares como no "meio da gurizada" onde o coração é puro, e o riso ainda habita na dureza daquelas vielas...incrível, mas sempre compartilho: mesmo com direitos violados e tendo que sobreviver, a gurizada expressa no abraço e nas palavras o quanto o amor é latente dentro deles...isso me faz continuar...

E também lembro de tudo que me faz bem e é familiar, como as "ausências" do que se viveu...e não sei por que mas nesse final de semana, lembrei de uma cena, ou melhor de um momento "onde a falsidade não vigora"...quando tínhamos que ser duras (ser gente grande doí né), mas não conseguimos e ao nos encontrarmos no corredor daquele "espaço" que era muito mais que um oficio (somente) nos entregamos a dor e desesperadamente choramos e abraçadas trocamos muito mais que "compreensão", sabíamos o que aquele canto da cidade significava para cada uma...

E sinto urgência...talvez por ser sentimental demais...boba demais...

...feche a porta e apague a luz!!!!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

...nostalgia!!! ao som de "Vila do Sossego" Zé Ramalho...

Saudades!! Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo, lembrando do passado e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro, que se idealizado, provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...
Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei! De quem disse que viria e nem apareceu; de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito, de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito! Daqueles que não tiveram como me dizer adeus; de gente que passou na calçada contrária da minha vida e que só enxerguei de vislumbre!
Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter! Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram. Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes, de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar! Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar, Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade. Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que... não sei onde... para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades Em japonês, em russo, em italiano, em inglês... mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil, só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota. Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria, espontaneamente quando estamos desesperados... para contar dinheiro... fazer amor... declarar sentimentos fortes... seja lá em que lugar do mundo estejamos. Eu acredito que um simples "I miss you" ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha. Talvez não exprima corretamente a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas. E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso, mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida e de sentimentos. Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis! De que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas que perdemos ao longo da nossa existência... (Clarice Lispector)

...Tem dias que a alma parece pequena demais pra tanta vida. Pra tanto sangue e sentimento. Fica bambeando por dentro. Noutras é um aperto. Mal cabe às entranhas certas manhas e manhãs...

...após um "tempo" sem aqui registrar meus pensamentos...volto com uma sede de expressar tantas coisas, sabe...é tem dias que a alma parece pequena para tanta vida, sentimentos, deslumbramentos e encantamentos...

Falava esses dias: se a vida não tiver cor, cheiro, sentimentos "toque", que graça teria??? após ouvir de uma pessoa que eu "teorizava demais"....será??? mas logo após "acho que convencido ou cansado das minhas teorizações" disse: é estou duro demais, preciso de ti para colocar graça nos meus dias!!! certamente, todos nós precisamos de pessoas, mas pessoas da alma, de coisas simples...um bom café nostalgia, uma pizza de 16 mangos, uma "cena, "um dia lindo" - uma rosa para emocionar!!!!

Sabe por vezes canso do "cinismo" incutido no cotidiano...e olha que escutei, durante seis anos: "o cinismo permeia nossa vida"!!!! bom, certamente em alguns momentos sim...mas não acho bacana a vida, as relações serem permeadas por isso...ai penso será que eu é que sou sentimental demais???

Mas...pessoas alimentam esse meu sentimentalismo...hj uma camarada me escreveu: ..."Eu disse que achava bonito e difícil ser tecelão de inventos cotidianos " (C.F.A). Muitos beijos, minha tecelã de inventos cotidianos, que vai driblando o lado triste da vida e insistindo em ver a beleza que a gente por vezes deixa de perceber... te amo nega...

hehehe até lembro de uma outra camarada que diz: te amo não é bom dia...bom tb penso, acho o amor algo muito forte, para proferir a qualquer pessoa "assim", por isso que inventei "que dia lindo" hehehehe, assim expresso o que sinto a todo mundo!!! e descubro que não é o dia que é LINDO, mas os miúdos do cotidiano que são!!!!

...um pouco confuso tudo isso não?? mas eu sou uma contradição, sabe né uma das categoria da dialética!!!

ah para finalizar um trecho do livro do Pequeno Príncipe (que todos deveriam entender)" Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos!!!!

"que dia lindo"!!!!!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O que deve ser um Jovem Comunista (fragmento) Ernesto 'Che' Guevara 1962

[...]
Quero formular agora, companheiros, qual é a minha opinião, e visão de um dirigente nacional das ORI, do que é que deve ser um jovem comunista, e ver se estamos todos de acordo.
Eu acho que o primeiro que deve caracterizar um jovem comunista é a honra que sente por ser um jovem comunista. Essa honra que o leva a mostrar perante todo o mundo a sua condição de jovem comunista, que não o vira para a clandestinidade, que não o reduz a fórmulas, mas que o exprime a cada momento, que lhe sai do espírito, que tem interesse em demonstrá-lo porque é o seu símbolo de orgulho.
Junto disso, um grande sentido do dever para a sociedade que estamos a construir, com os nossos semelhantes como seres humanos e com todos os homens do mundo. Isso é algo que deve caracterizar o jovem comunista. Ao pé disso, uma grande sensibilidade ante todos os problemas, grande sensibilidade face à injustiça. Um Espírito que não se conforma cada vez que surge algo que está mal, tenha-o dito quem o disser. Pôr em questão tudo o que não se perceber. Discutir e pedir explicação do que não estiver claro. Declarar a guerra ao formalismo, a todos os tipos de formalismo. Estar sempre aberto para receber as novas experiências, para conformar a grande experiência da humanidade, que leva muitos anos a avançar pela senda do socialismo, às condições concretas do nosso país, às realidades que existem em Cuba.E pensar -todos e cada um- como iremos mudando a realidade, como irmos melhorando-a.
O jovem comunista deve tentar ser sempre o primeiro em tudo, lutar parar ser o primeiro, e sentir-se incomodado quando em algo ocupa outro lugar. Lutar sempre por melhorar, por ser o primeiro. Claro que nem todos podem ser o primeiro, mas sim estar entre os primeiros, no grupo de vanguarda. Ser um exemplo vivo, ser o espelho onde possam olhar os homens e mulheres de idade mais avançada que perderam certo entusiasmo juvenil, que perderam a fé na vida e que diante o estímulo do exemplo reagem sempre bem. Eis outra tarefa dos jovens comunistas.
Junto disso, um grande espírito de sacrifício, um espírito de sacrifício não apenas para as jornadas heróicas, mas para todo o momento. Sacrificar-se para ajudar o companheiro nas pequenas tarefas e que poda cumprir o seu trabalho, para que poda cumprir com o seu dever no colégio, no estudo, para que poda melhorar de qualquer maneira. Estar sempre atento a toda a massa humana que o rodeia.
Quero dizer: apresenta-se a todo jovem comunista a tarefa de ser essencialmente humano, ser tão humano que se aproxime ao melhor do humano, purificar o melhor do homem por meio do trabalho, do estudo, do exercício de solidariedade continuada com o povo e com todos os povos do mundo, desenvolver ao máximo a sensibilidade até se sentir angustiado quando um homem é assassinado em qualquer canto do mundo e para se sentir entusiasmado quando em algum canto do mundo se alça uma nova bandeira de liberdade.
O jovem comunista não pode estar limitado pelas fronteiras de um território, o jovem comunista deve praticar o internacionalismo proletário e senti-lo como coisa de seu. Lembrar-se, como devemos lembrar-nos nós, aspirantes a comunistas cá em Cuba, que somos um exemplo real e palpável para toda a nossa América, para outros países do mundo que lutam também em outros continentes pela sua liberdade, contra o colonialismo, contra o neocolonialismo, contra o imperialismo, contra todas as formas de opressão dos sistemas injustos. Lembrar sempre que somos um facho acesso, que somos o mesmo espelho que cada um de nós individualmente é para o povo de Cuba, e somos esse espelho para que se olhem nele os povos da América, os povos do mundo oprimido que luta pela sua liberdade. E devemos ser dignos desse exemplo. Em todo o momento e a toda a hora ser dignos desses exemplos.
Isso é o que nós julgamos que deve ser um jovem comunista. E se nos disserem que somos quase uns românticos , que somos uns idealistas inveterados, que estamos a pensar em coisas impossíveis, e que nom se pode atingir da massa de um povo que seja quase um arquétipo humano, nós temos de contestar, uma e mil vezes, que sim, que sim se pode, que estamos no certo, que todo o povo pode ir avançando, ir liquidando intransigentemente todos aqueles que ficarem atrás, que não forem capazes de marcharem ao ritmo a que marcha a revolução cubana. Tem de ser assim, deve ser assim, e assim é que será, companheiros, será assim, porque vocês som jovens comunistas, criadores da sociedade perfeita, seres humanos destinados a viver num mundo novo de onde terá desaparecido de vez todo o caduco, todo o velho, todo o que representar a sociedade cujas bases acabam de ser destruídas.
Para atingirmos isso cumpre trabalhar todos os dias. Trabalhar no senso interno de aperfeiçoamento, de aumento dos conhecimentos de aumento da compreensão do mundo que nos rodeia. Inquirir e pesquisar e conhecer bem o porquê das coisas e colocar sempre os grandes problemas da Humanidade como problemas próprios.
Dessarte, num momento dado, num dia qualquer dos anos que venham-após passarmos muitos sacrifícios, sim, depois de termo-nos porventura visto muitas vezes à beira da destruição- após termos porventura visto como as nossas fábricas ssão destruídas e de tê-las reconstruído de novo, depois de assistirmos ao assassinato, à matança de muitos de nós e de reconstruirmos o que for destruído, ao fim de isso tudo, um dia qualquer, quase sem repararmos, teremos criado, junto dos outros povos do mundo, a sociedade comunista, o nosso ideal.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Se você treme de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros. Che Guevara


Retornando as reflexões, análises...e para isso é necessário escrever, "socializar"...

Pretendo ser bem PONTUAL, quanto ao meu sentimento e para isso estarei "dialogando"com dois camaradas com espírito "revolucionário" - Che Guevara e Ulisses Tavares -

Certamente chego próximo do entendimento da frase de Marx " A religião é o suspiro da criança acabrunhada, o coração de um mundo sem coração, assim como também o espírito de uma época sem espírito. Ela é o ópio do povo"...

Enfim, ocorre que neste final de semana, junto do meu jovencito, fizemos uma viagem de moto...o que me fez um bem enorme, por tudo que vivi, como sempre vivendo com gosto e paixão ao lado dele...tudo que antes era simplista demais...hoje passa a ter sentido, um "gosto" diferente...que amo...

Eu e meus "inventos" (como diz a D. Maria), faz uns 2 anos que não consumo mais carne nas minhas refeições, e isso faz com que meu consumo de coisitas doces aumente, e já digo não parei de consumir carne por questões de saúde, se não já teria largado outras coisitas prejudiciais...não como carne simplesmente por que não acho justo matar um animalzinho para me sentir "satisfeita"...

E como a noite prometia um "arsenal de bichinhos assados" logo manifestei minha necessidade de comprar chocolates, e como sempre também "outro invento" compro como se fosse a última vez que irei comer na vida...e logo saio do mini mercado de Urubici/SC com três barras uma de cada sabor...
Avistamos uns camaradas no posto de gasolina e ali paramos para nos "agrupar"...mas de imediato, perco o foco...isso não é um invento...isso é inerente a mim, por isso a frase do Che... vejo três pequenos cidadãos e me aproximo, sim por que não consigo ficar "indiferente"...olhar e fingir que nada vi...por isso que Ulisses entenderia...

Eu conhecer os novos camaradas??? sim claro...mas a injustiça, a dicotomia, a desigualdade grita aos meus olhos e logo me aproximo dos três e claro (invento: grande habilidade de conversar com estranhos) começo a conversar com eles: Ricardo 9 anos, Gabriel e Gabriela (gêmeos 6 anos)... três crianças - retrato da exclusão e desigualdade social que é IGUAL em todos os cantos do nosso país...as estratégias de sobrevivência, não mudam...e elá estavam eles, buscando em meio a belas paisagens e pessoas felizes contagiadas por inúmeros sentimentos....comida!!!!!!!!! algo que preenchesse muito mais que a fome...nos olhos deles conseguia ler as carências, a raiva, a desesperança, a fome de muitas coisas!!!!!!!!!

(...)tem gente passando fome. E não é a fome que você imagina entre uma refeição e outra...
Quem me conhece sabe que também não é um "invento" não concordo com "esmolas"...meu projeto ético político, é a luta por uma nova ordem societária, não por "ajuda", luta e defendo a efetivação de direito, "socializar a riqueza para romper com a desigualdade"...não dar o que não me serve...Marx já disse "a religião é o ópio do povo"...e tb não me comovo ao ponto...por que jpa dizia o querido Toni C. (que Sharon tanto me fala) ... Tudo demonstra que, por trás da nobre comoção, está embutido um mesquinho sentimento de classe...o sentimento que me bate é revolta...indignação...

Só sei que eu também não sou as coisas. Eu me revolto...

Onde entra o chocolate nessa história??? bem entra nesse meu sentimento mesquinho de ter a opção de escolher o que comer, e comprar quantos chocolates eu tiver vontade...me senti mal...e não dei os chocolates a eles movidos por esse sentimento, mas movido pelo sentimento de romper com essa parte individualista que tenho em mim...e ver que Gabriela ao pegar a barra de chocolate abriu e saiu comendo bem feliz...certamente nada mudou...mas em mim sim... “lugar de ser feliz não é no supermercado...é...”


Ao ir embora, pensei comigo, quantas pessoas não viram eles...ou se viram ao fazer a primeira curva logo esqueceram...é Uliesses "Tem gente que existe e parece imaginação..."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

De um lado a poesia, o verbo, a saudade. Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim...

Aqui estou... ouvindo o belíssimo "som" do Teatro Mágico... noite fria... a procura... de algo e/ou alguém que neste momento não estás ao meu lado... comigo... está... dentro de mim... em mim... mas quero mais... quero estar... estar???? sim... viver junto...

Como dizia um camarada hoje em um "bate papo" entre os universitários da UJS de Caxias do Sul... precisamos sentir "indignação"... responder a pergunta: eu sou feliz???? claro que no sentido político... sujeito político... para não ficarmos indiferentes... movimentar-se... não ficar alienado... alheio as coisas que acontecem... como diz Foucault "loucos são aqueles, que não conseguem compreender que existe história" sim... acreditam que TUDO... que vivemos e somos, não tem passado, não existe um "antes" e ficam naquele discurso fatalista e messiânico... se posicionam contra e a favor.... mas contra o que??? a favor de que???? ixiiiiiiii... precisamos estudar... Che já sinalizava, temos que ser exemplos, temos que ler... muito... mesmo quando nossos olhos estiverem cansados...

Bom... essa "breve" introdução ou confusão "mistura de sentimentos", pois quero e preciso falar de tudo, e tudo para mim é isso... meu amor... minha militância... minha vida junto dele... foi só para traçar um paralelo... hehehehe... de como sou movida pelas emoções, pelas paixões, pelos encantamentos... pela resistência...
E aqui estou... sim "novamente"... para expressar que NÃO QUERO FICAR INDIFERENTE... sou um pouco de todos esses intelectuais que leio, que vivo...q ue busco... e Rosa "me" entenderia (...) com esse movimento TODO... sinto as correntes que me prendem... e quero seguir... não ficar aqui nesse sentimento de: nada posso fazer... posso... claro que posso: E VOU FAZER... estou fazendo... mas quero mais, posso mais... afinal "é difícil aprisionar os que tem asas", meu querido Caio Fernando Abreu... diga camarada: para que você precisa de terapia e analista???? com todos esses "amigos literários"... isso que defendemos nas noites dramas....

Se continuar aqui... escrevendo... penso que me demonstrarei demais... minha loucura... minha sede... meus encantamentos... é bom deixar pontos de interrogação... provocar o pensamento... a arte de pensar... suspiros

Não podia deixar de postar a música de fundo...(que escutava enquanto aqui relatava meus sentimentos)... para ti meu jovencito comunista...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O manifesto do movimento Slow Food

No século XX, que se iniciou sob a insígnia da civilização industrial, primeiramente inventou-se a máquina e então a tomamos como modelo de vida.

Estamos escravizados pela pressa e estamos todos sendo sucumbidos pelo mesmo vírus insidioso: a fast life, vida com pressa, que provocou uma ruptura em nossos hábitos, penetra na privacidade de nossos lares e nos força a comer fast food, comida industrial, comida rápida.

Para ser merecedor de seu nome, o Hommo Sapiens deve se desembaraçar da rapidez antes que ela o reduza a uma espécie em risco de extinção. A firme defesa do prazer é a única forma de se opor à loucura universal da vida rápida, fast life. Possam apropriadas doses de sensual lentidão e garantido prazer, saboreados com gozo de longa duração, nos preservar de sermos contagiados pela multidão em frenesi.

Nossa defesa deve começar pela mesa, com a slow food (comida elaborada, sem pressa). Que a gente se permita redescobrir os aromas e sabores da culinária regional e banir os degradantes efeitos da comida fast food (processada, industrial).

Em nome de uma suposta produtividade, a fast life, vida com pressa, mudou nossa forma de ser e ameaça nosso ambiente e nossas paisagens. Assim, a slow food (comida sem pressa, elaborada, tradicional) é agora a única resposta realmente progressista. É nisto tudo que consiste a cultura autêntica: desenvolver sabores ao invés de rebaixá-los. Slow food garante um futuro melhor.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Nem um passo atrás, nem para pegar impulsão!

Neste final de semana - sábado - fui participar de um vídeo debate junto de alguns jovens camaradas da UJS de Caxias do Sul. Mas, mais do que isso...
Mesmo em silêncio fui lá prestar minhas homenagens, não a heróis - a jovens engajados numa causa, num sonho. Fui lá visitar alguns amigos, alguns companheiros. Alguns conhecidos e desconhecidos, que dão provas de amor contundente ao seu povo, e oferecem a própria vida por uma causa. Uma causa que é de todos: A construção de uma nova ordem societária, sem dominação e exploração de classe, etnia e gênero. Fui lá reafirmar meu compromisso de seguir a mesma luta. Lutar todos os dias contra o analfabetismo, a desigualdade, a exploração, o colonialismo, a corrupção, o imperialismo e as transnacionais que continuam vindo aqui roubar nossas riquezas naturais, agora na forma de soja, minério de ferro, etanol, sementes, água, etc. Fui lá expressar minha gratidão por seus exemplos de dignidade e humildade que demonstram nos movimentos sociais e em suas vidas. Fui lá agradecer seus exemplos de espírito de sacrifício, de humanismo e de amor ao estudo da causa. De acreditar e defender que somente o conhecimento e a consciência liberta verdadeiramente as pessoas da opressão e exploração. De exercitar e explicar que somente o povo organizado, pode resolver seus problemas e derrotar seus inimigos.
Como diria Gramsci, Odeio os indiferentes - e Eu também - Acredito que "viver significa tomar partido" Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.
Não sei o que possa parecer aos olhos dos outros, mas aos meus, acredito ser fundamental que consigamos persistir, sacrificar-nos até - conscientemente diria - sinto que realmente, um outro mundo é possível, urgente até...
Vi um brilho nos olhos de meus companheiros, JOVENS CAMARADAS pouco visto - aí na rua,
Obrigado, pelos seus exemplos!!!
Deixo o encerramento por conta de meu amigo
Ernesto Guevara de la Serna,
Pouco importa onde a morte nos surpreenderá: que ela seja bem vinda, contanto que nosso grito de guerra seja ouvido, que outras mãos peguem em armas e que outros homens se levantem para entoar cantos fúnebres em meio do barulho das metralhadoras e de novos gritos de guerra e vitória.
Temos uma longa caminhada pela frente, para poder reascender o movimento de massas, organizar nosso povo e fazer lutas sociais, que de fato eliminem as causas de tanta pobreza e desigualdade.
"A argila fundamental de nossa obra é a juventude.
Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos
para receber idéias para moldar nosso futuro"

domingo, 9 de maio de 2010

Alguém se atreve a ir "conosco" além do shopping center? hein? hein?

Quanto menos comes, bebes, compras livros e vais ao teatro, pensas, amas, teorizas, cantas, sofres, praticas esportes, etc., mais economizas e mais cresce o teu capital. És menos, mas tens mais. Assim todas as paixões e atividades são tragadas pela cobiça.
Karl Marx

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Um socialista e revolucionário forjado num jovencito contemporâneo...

...Como diz uma música popular..."eu trocaria a enternidade, por essa noite"...

Lembro, que antes dessa noite, ele pondera em uma conversa..."tu gosta do que eu estou te mostrando de mim, ou do que esta criando sobre mim???? - quando ela "empolgada" diz: quero te conhecer pessoalmente...e até ousa chama-lo de meu "Che" - claro em virtude das suas lutas coletivas...tão bom encontrar alguém, que além de alimentar essas "lutas", desperta outras coisas nela..
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Nessa noite...muito mais do que...estar junto dele...para ela significou: deixar com que ele entranha-se no que ela é...virando parte da sua história... havia encontrado nele...o que sempre procurou...

Ela sai do apartamento na manhã seguinte: sentindo-se mais mulher do que nunca...

Uma feminista ativista...encantada com um socialista e revolucionário forjado num jovencito contemporâneo