Movidos

"Somente quando encontramos o amor,
é que descobrimos o que nos faltava na vida"

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O manifesto do movimento Slow Food

No século XX, que se iniciou sob a insígnia da civilização industrial, primeiramente inventou-se a máquina e então a tomamos como modelo de vida.

Estamos escravizados pela pressa e estamos todos sendo sucumbidos pelo mesmo vírus insidioso: a fast life, vida com pressa, que provocou uma ruptura em nossos hábitos, penetra na privacidade de nossos lares e nos força a comer fast food, comida industrial, comida rápida.

Para ser merecedor de seu nome, o Hommo Sapiens deve se desembaraçar da rapidez antes que ela o reduza a uma espécie em risco de extinção. A firme defesa do prazer é a única forma de se opor à loucura universal da vida rápida, fast life. Possam apropriadas doses de sensual lentidão e garantido prazer, saboreados com gozo de longa duração, nos preservar de sermos contagiados pela multidão em frenesi.

Nossa defesa deve começar pela mesa, com a slow food (comida elaborada, sem pressa). Que a gente se permita redescobrir os aromas e sabores da culinária regional e banir os degradantes efeitos da comida fast food (processada, industrial).

Em nome de uma suposta produtividade, a fast life, vida com pressa, mudou nossa forma de ser e ameaça nosso ambiente e nossas paisagens. Assim, a slow food (comida sem pressa, elaborada, tradicional) é agora a única resposta realmente progressista. É nisto tudo que consiste a cultura autêntica: desenvolver sabores ao invés de rebaixá-los. Slow food garante um futuro melhor.

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