Movidos

"Somente quando encontramos o amor,
é que descobrimos o que nos faltava na vida"

terça-feira, 19 de julho de 2011

Da maestria a inabilidade

...Passei o dia pensando nisso: da maestria a inabilidade...
Tenho (pelo menos assim penso) maestria com muitas coisas, quando penso no meu ofício, por exemplo...quem me conhece, sabe que amo incondicionalmente a minha profissão, as pessoas que permeiam o cotidiano que trabalho, independentemente do lugar que eu esteja trabalhando...estimo a gurizada, a comunidade, a simplicidade, a miudeza, os animais...admiro e respeito as estratégias de sobrevivência, as histórias de vida...tenho tanta maestria com esse cotidiano!!!
Por outro lado, tenho inúmeras inabilidades, que são um tanto contraditórias, quanto penso na minha maestria...Como alguém que trabalha com famílias, grupos, comunidades...não consegue manter um contato com a sua própria família...Como alguém que ama tanto os animais, não conseguiu cuidar do seu próprio, quando este também sofria...Como alguém que ama a simplicidade, a miudeza, as vezes perde-se e não consegue viver isso no seu próprio cotidiano...Como alguém que admira e aprende com as estratégias de sobrevivência das pessoas, não consegue criar, por vezes, suas próprias estratégias...Escuto tanto, e com muita paciência o que me dizem...mas não tenho "maestria" para ser e fazer-se ouvido...
Ultimamente a minha inabilidade tem tido muita força sob as coisas que sinto e penso...temo muito, me perder nesse sentimento...e que isso afete não somente a mim, mas as pessoas que tenho um apreço imenso...


 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nunca pare de sonhar!!!

"futricando" na internet...encontro uma pérola - um videozinho lindo com a música "Nunca pare de sonhar" - Gonzaguinha...e de imediato me vem a imagem da gurizada (Novo Horizonte) com o "sor" William (queridíssimo - gente rara) cantando essa belíssima música, segue a letra e o vídeo para continuarmos acreditando sempre:


Ontem um menino que brincava me falou
Hoje é a semente do amanhã
Para não ter medo que este tempo vai passar
Não se desespere, nem pare de sonhar
Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olharFé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será



sábado, 9 de julho de 2011

Fragmentos do cotidiano...

...dia desses ao acordar, fumando um cigarro próximo a janela...contemplava a árvore (que -infelizmente - não sei a espécie)...e por trás dela...uma imagem começou a me intrigar...e como estou de férias (entende-se com "tempo ilimitado" para deixar a imaginação fluir)...pus-me a pensar, quase que invadindo a "vida alheia", mas, me permiti...

*logo que viemos morar neste lugar, tomamos conhecimento (digo tomamos, pois de fato não conheço a história...) da vizinha que tem o esposo doente, não sei qual a doença, mas constatei que ele não sai de casa, apenas esporadicamente para ir ao médico...

...bom, é neste cenário, sem muitos conhecimentos, que a minha "contemplação" da árvore foi parar na janela dessa família...e fiquei pensando...neles, nela (a esposa - já uma senhora) que diariamente sai de casa para suprir os afazeres doméstico, e permito registrar aqui (que espionando aquela janela) dá para observa-la preparando cuidadosamente as refeições e servindo para ele...e ele, tudo que têm é ela e as imagens que visualiza da janela...

...e me coloco a pensar (prefiro pensar assim) que o amor entre eles é uma boniteza...por  que se não for poesia, a dureza invadiria e descreveria essas cenas de outra maneira....compreende?


...“E agora estou pensando que o bom, quando a gente conta uma história, é poder chamar as coisas como a gente quer chamar, não como todo mundo chama.”
(...) a gente enfeita o cotidiano (...) Caio Fernando Abreu