Movidos

"Somente quando encontramos o amor,
é que descobrimos o que nos faltava na vida"

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

...separa as cortinas lilás e as flores na mesa, o resto é bobagem...não é honey???



Fico tão cansada às vezes, e digo para mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. (…) então eu não sentia nada, podia fazer as coisas mais audaciosas sem sentir nada, bastava estar atenta como estes gerânios, você acha que um gerânio sente alguma coisa? quero dizer, um gerânio está sempre tão ocupado em ser um gerânio e deve ter tanta certeza de ser um gerânio que não lhe sobra tempo para nenhuma outra dúvida…


Caio Fernando Abreu


Lembrei da "filosofia matinal, vespertina, permante..." das nossas conversas...e senti sua falta hoje honey...perdidíssima...precisando do chá "pessoal"...de dias lindos!!!!

Sempre repito (ou pelo menos faço o exercício mental) de não ser tão sentimental..."amiga você gosta até das formigas" ( acho que se aplica bem né...)...e lembro dos quatro filhotinhos da Srª Passarinha...vontade de estar naquela caixinha...para que tu me cuidasse ohhhhhhhhhhhhhhh

(...)

Cada um com as suas ditas prioridades e coisas lindas...enquanto isso subo o morro e vejo que há vida, que eles lembram o meu nome...e a Cleusa reforçou que ser sentimental ainda é o melhor...pois o Bob levou uma pedrada e mesmo assim sai para procurar comida...ficaria vendo o pôr do sol com aquele sujeito...

domingo, 12 de dezembro de 2010

...minha alma tem pressa...

Domingo, 12 de dezembro...


Quantos domingos não acordava para ouvir o canto dos pássaros e o silêncio daqueles que descansam...


...acordei por "imensa" necessidade...prazos a serem cumpridos!!!


Mas em meio a esse "espaço" lembrei do que a Ir. "!" me contou sobre suas aulas com o queridíssimo Rubem Alves: " um dia nos levou em um boteco para bebermos cachaça, nenhuma de suas aulas foi ministrada em sala, ele sempre nos dizia  - vocês precisam circular, não acredito em ensino que o aluno fique sentado atrás de uma classe, precisamos ensinar as pessoas a CIRCULAREM...por isso suas aulas eram sempre em lugares como bares, parques, embaixo das árvores....


Quando ouvi ela contado...me emocionei!!!


Por isso aqui deixo um escrito dele, que vai ao encontro das coisas que sinto...


“ Sem tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em lugares onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte... Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.”

domingo, 5 de dezembro de 2010

Eu finjo ter paciência...

Começo a conhecer-me. Não existo.
Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,
Ou metade desse intervalo, porque também há vida...
Sou isso, enfim...
Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor.
Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo.
É um universo barato.

Fernando Pessoa

...após uma "crise", penso que minha alma é que estava doente e precisando ser medicada...mas a vida urge e as vezes não dá tempo, ou não nós damo tempo para "parar tudo um pouco"...mas ao som de "Paciência"...concordo com Lenine: "Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma..A vida não para...EU SEI!!

Disse: tem dias que sinto MAIS falta da minha mãe...da pessoa mãe que agrega: proteção, incondicionalidade, carinho, compreensão, silêncio, pano quente, velando o sono...como se mais nada existisse...e sinto vontade de ir para lugares como no "meio da gurizada" onde o coração é puro, e o riso ainda habita na dureza daquelas vielas...incrível, mas sempre compartilho: mesmo com direitos violados e tendo que sobreviver, a gurizada expressa no abraço e nas palavras o quanto o amor é latente dentro deles...isso me faz continuar...

E também lembro de tudo que me faz bem e é familiar, como as "ausências" do que se viveu...e não sei por que mas nesse final de semana, lembrei de uma cena, ou melhor de um momento "onde a falsidade não vigora"...quando tínhamos que ser duras (ser gente grande doí né), mas não conseguimos e ao nos encontrarmos no corredor daquele "espaço" que era muito mais que um oficio (somente) nos entregamos a dor e desesperadamente choramos e abraçadas trocamos muito mais que "compreensão", sabíamos o que aquele canto da cidade significava para cada uma...

E sinto urgência...talvez por ser sentimental demais...boba demais...

...feche a porta e apague a luz!!!!